A lógica de ocupação da Barra da Tijuca prevê núcleos autônomos, que com o passar do tempo, e devido a diversos fatores de mercado, se transformaram no que hoje percebemos como condomínios fechados. Considerando essa premissa como principal incômodo a ser tratado, o objetivo desta arquitetura seria então recuperar a circulação, a escala do pedestre e a vitalidade dos espaços.
Tendo em vista esse objetivo, a legislação da Avenida das Américas se mostrava um desafio. O uso comercial do lote se limitava aos primeiros setenta metros de um lote com duzentos e trinta e seis de extensão.
O inevitável adensamento frontal, que viabilizaria financeiramente o projeto, foi estimulado através da utilização de três eixos demarcando os fluxos internos e interligando seus usos, ativando suas valências e criando uma desejada complementaridade espacial.
Um centro de Tênis de alta performance se apresenta como destino final pontuado por uma praça arborizada que se localiza justamente no local previsto para uma via interna - dessa forma a relação de vazios prevista pelo Plano Piloto ficaria preservada e traríamos ao projeto uma área de respiro. Uma troca necessária, carros por pedestres, espaço de passagem por espaço de permanência. Essa praça foi idealizada de forma a valorizar os percursos e a ocupação de seus micros ambientes assim como do próprio edifício.
Devido à implantação do setor hoteleiro assim como a transferência de potencial construtivo da área da reserva foi disponibilizado o aumento do gabarito em quatro pavimentos. Esse benefício possibilitou a introdução de diversos usos como o shopping, comercial, centro de convenções, centro gastronômico, centro de treinamento de tênis, etc.
Portanto a partir da variedade de programas, e principalmente da localização e relação de permeabilidade gerada entre eles foi possível trazer interesse ao projeto, que se transforma de acordo com sua ocupação-tanto diurna quanto noturna.