Sede do Campo Olímpico de Golfe
Rio de Janeiro – RJ, 2012
“A simplicidade e a clareza se destacam nessa proposta, que se apresenta justa e firme ao cumprir os ditames da referência conceitual requeridas pelos promotores do certame. Valendo-se de um domínio incomum da forma e proporção, o edifício principal alinha-se respeitosamente, subjugando-se ao horizonte montanhoso e se oferecendo como referência a quem quer que dele se afaste em direção a lagoa para acompanhar o percurso do campo.
Buscando o ângulo perfeito, o avarandado percorre o programa sem que seja percebido como mera circulação. A mirada do conjunto é corretamente valorizada, tornando o campo a sua frente indivisível, o que sublinha a dimensão do infinito. Os setores, ora definidos por acessos próprios, ora compartimentados por agradáveis espaços ajardinados, segue uma sequência em interseções que não privilegiam o isolamento, mas respeitam a necessária independência das distintas funções do programa proposto.
O tratamento aos cáusticos efeitos do sol poente e dos ventos dominantes é percebido sem falsas ênfases, prevalecendo o prolongamento do plano do telhado e as venezianas como elementos dessa conjugação conveniente entre forma e função, com estilo e harmonia. Por fim, suplementa em áreas descobertas, no plano do telhado, o espaço privativo que pode ser o diferencial para regular a eventual presença de atividades, distintas do propósito principal que eventualmente se façam convenientes para a sustentação do empreendimento.
Aqui está presente o ‘menos que é mais’ como referência memorial de que a arquitetura é o último refúgio dos generalistas. Sobre isso melhor não se poderia dizer senão ouvindo as palavras de George Bernard Shaw: ‘O especialista é um homem que sabe cada vez mais sobre cada vez menos, e por fim acaba sabendo tudo sobre nada’”.
Ata da Comissão Julgadora do Concurso.
Equipe:
Arquitetos: Emerson Vidigal, Eron Costin, Fabio Henrique Faria, João Gabriel Rosa.
Estagiários: Martin Kaufer Goic, Moacir Zancopé Júnior.