O projeto parte de uma leitura da paisagem em suas diversas escalas e condições. Assumindo a sua materialidade artificial e respondendo a um programa funcional específico, a casa procura estabelecer continuidades evidentes com o lugar. Num primeiro momento, o projeto responde a uma condição morfológica apresentando-se como uma emergência tectônica em concreto aparente ancorada na topografia da Serra da Cantareira como um bloco que se funde ao sítio.
A casa se distribui em 3 níveis:
nível 103,05m
Escavado no terreno, é o nível da garagem e dependência de empregados.
nível 106,30m
Este bloco articula-se em duas zonas: uma enterrada e outra emergente, numa seqüência de espaços interiores e exteriores que transformam luz e paisagem em experiência, tornando a arquitetura indissociável ao lugar.Neste nível localiza-se a parte social e de serviços da moradia, tendo como elemento fundamental o pátio interno.O pátio surge como ordenador da casa, como um elemento que tem por objetivo criar um espaço capaz de proporcionar maior privacidade, apresentando-se como um centro irradiador, organizando os espaços em volta do vazio, caracterizando-se como um buraco que penetra na massa construída. Um elemento essencial...
nível 109,75m
Um edifício ponte apoiado em duas extremidades do bloco inferior forma o volume dos dormitórios. Com aberturas voltadas ao pátio essa peça trabalha como elemento de estabilidade estrutural encerrando a residência em um quadrado elementar, reforçando a concepção projetual do pátio como centro irradiador programático e seu significado de espaço fundamental da moradia.
O sistema construtivo baseia-se em vigas metálicas de perfil “I” dispostas ortogonalmente umas as outras com pilares e lajes pré, otimizando o processo de execução e diminuindo as perdas.