O projeto recebeu menção honrosa no Concurso Nacional de Projeto de Arquitetura para o Centro de Preservação de Bens Culturais, entre 74 projetos concorrentes.
Rio de Janeiro – RJ, 2013
Preservar os bens culturais de um país é mais do que guardar os documentos que relatam sua memória. Trata-se de permitir e garantir que as gerações atuais e futuras tenham acesso às obras que são reflexo da sua história e da sua cultura, seu patrimônio tangível e intangível.
Com esse espírito constrói-se a ideia de um espaço arquitetônico que possa beneficiar não só os estudantes e pesquisadores, mas também a comunidade local que usufrui atualmente dos espaços livres existentes no sítio da Casa de Rui Barbosa. Toma-se então o jardim existente no atual imóvel como motivação e premissa de projeto, naquilo que representa os melhores valores dos espaços de uso público de uma cidade: a segurança, o conforto, o lugar da interação social, do lazer infantil, das atividades da vida cotidiana em geral.
Entende-se assim que a cidade e a maneira como se organizam e constroem os seus espaços públicos sejam também parte da cultura do povo.
Um jardim como qualificador do espaço da cidade. Elemento que não busca a emulação da natureza, e sim a reflete os espaços livres da cidade do Rio de janeiro, plenos de qualidade e vida urbana.
Assim como o jardim existente na Casa de Rui Barbosa serve de espaço de uso público para a comunidade local, pretende-se que o tratamento dado ao espaço público da Rua Assunção qualifique esse lugar para o uso das pessoas. A escala distinta deste local permite outros tipos de relações, diferentes das existentes no jardim principal da Casa de Rui Barbosa. Este novo local é o espaço em que a rua se conecta à arquitetura, lugar de chegada e de trabalho, de conexão entre a escala urbana e o edifício.
Os espaços de trabalho onde ocorrem as atividades dos núcleos e dos laboratórios devem garantir condições de luminosidade e conforto visual condizentes com as atividades ali desenvolvidas. Nesse sentido, elementos como o espelho d' água, a vegetação dos jardins externos e a arborização garantem o bem estar psicológico dos usuários. O espelho d'água também auxilia no desempenho termodinâmico da laje de cobertura do térreo, a mais extensa do conjunto.
Autores do projeto:
Dario Corrêa Durce (ESTÚDIO 41)
Emerson Vidigal (ESTÚDIO 41)
Eron Costin (ESTÚDIO 41)
Fabio Henrique Faria (ESTÚDIO 41)
João Gabriel Moura Rosa Cordeiro (ESTÚDIO 41)
Moacir Zancopé Jr. (ESTÚDIO 41)
Consultores:
Afa Consult (Portugal)
Colaboradores:
Alexandre Kenji
Felipe Santos
Fernando Moleta
Marcelo Miotto
Martin Goic