(EN)
"Portuguese Clay Figures:
The world is full of Saints and Demons…"
First public presentation of an important private collection of clay figure art which has developed in Portugal since the 18th century, and which faced an extraordinary renewal in the second half of the 20th century.
The exhibition follows the seasons of the year, through the world of ‘popular’ ceramics, associating the cycle of the seasons and the periodical religious festivities, the farm work, or life itself. As our gaze passes over these Portuguese Clay Figures representing man and the other creatures with whom he shares his world, we are making a voyage around Portugal and the Portuguese soul.
The variety of raw matter and techniques from North to South, within the country, offers a significant plastic diversity which the exhibition design tries to frame with only slight variations in the dimension, proportion and color of the bases, frames and backgrounds.
A system of elements made in black Valchromat©, mounted by joint fit, without a single nail or screw, are complemented by metallic elements and colored paper, building scenographic compositions of abstract plans where the figures are revealed.
The exhibition layout takes the lowered circulation space between the rooms of the gallery - with a scale more appropriate to the clay figures, to assemble a line of nuclei corresponding to the four seasons, a 'procession' in which the incessant cyclicity is represented by a large mirror at each top, where the exhibition is reflected to infinity.
The exhibition layout functions as a 'negative', leaving the Gallery space and walls empty, and filling the space of motion.
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(PT)
"Figurado Português:
De Santos e de Diabos está o mundo cheio…"
Primeira apresentação de uma colecção privada de figurado popular que se desenvolveu entre nós, a partir do sec XVIII, e que conheceu durante o sec XX um período de extraordinária renovação.
A exposição desenvolve-se ao correr das estações do ano – começa no Inverno e no Inverno termina. Percorre o mundo dos barristas ditos populares, associando as estações à ciclicidade das festividades religiosas, e do trabalho agrícola da sementeira e da colheita. Perpassar o nosso olhar sobre este figurado português que figura o homem e os que com ele habitam é fazer uma viagem por Portugal e pelo homem português.
A variedade da matéria prima e da expressão técnica, de Norte a Sul do país, oferece uma grande diversidade plástica que o desenho expositivo procura enquadrar com ligeiras variações, nas dimensões e cores das bases, molduras e fundos.
Um sistema de elementos feitos em Valchromat© preto, que se monta por encaixe, sem recurso a um único parafuso ou prego, são complementados por elementos metálicos e papel colorido, construindo composições cenográficas de planos abstractos onde as peças, de uma fragilidade delicada, se recortam.
A montagem aproveita o espaço rebaixado de circulação entre as salas da Galeria, com uma escala mais adequada às peças a expor, para montar os quatro núcleos correspondentes às estações do ano, numa linha contínua, em que a ciclicidade incessante é representada através de dois grandes espelhos nos topos, onde a exposição se reflecte até ao infinito.
A montagem funciona como um ‘negativo’, deixando vazio o espaço destinado às exposições, e ocupando o espaço da circulação.