Concurso Público Nacional COMPLEXO HOTEL PAINEIRAS
Premiação: MENÇÃO HONROSA
Ano: 2009
Divulgação:
> site concursosdeprojeto.org> Revista SIM!, ano IX, n°65> Revista Construir Nordeste, outubro 2009, ano X, n°50
Memorial:
O objetivo do concurso foi a elaboração de proposta arquitetônica e urbanística para o conjunto denominado Complexo Hotel Paineiras, no Parque da Tijuca, Rio de Janeiro. O conjunto será formado por Estação de Transferência para carros e vans, Centro de Convenções e Espaços para Exposições, além do secular Hotel Paineiras, que será reativado e transformar-se-á em importante ponto turístico, principalmente àqueles que sobem a estrada do Redentor.A fim de evitar que o vasto programa de necessidades do projeto se convertesse em um contundente bloco fechado, anexo ao Hotel, optou-se por uma arquitetura de espaços públicos amplos e fluidos que permitam ao visitante escolher variados percursos; uma arquitetura que não se sobreponha ao Hotel, antes recupere seus valores, modernizando-o e integrando-o às atividades do Complexo. Arquitetura de contrastes, relendo a paisagem: ora bruta e escavada em rochas de concreto projetadas e geométricas, ora leve e translúcida com o verde e as águas dominando seus espaços.O eixo longitudinal do Hotel, marcado por pares de colunatas, foi a origem do partido arquitetônico proposto. Esta linha estende-se ao longo do terreno e coloca o Hotel como ponto focal de todo o Complexo, servindo como referência para a locação de inúmeros equipamentos. O eixo é espacialmente reforçado por uma passarela, cuja função é interligar as extremidades do Complexo e fornecer abrigo suspenso, destacado e aberto àqueles que desejam acessar os diversos setores do conjunto, incluindo bilheterias e área de embarque. Mirante da paisagem, da linha férrea e das edificações complementares, e não somente espaço de circulação, a passarela ergue-se suave aos olhos do transeunte; com o tempo, uma cobertura verde envolverá este longo prisma de aço e madeira, alterando sua imagem a cada estação. Uma grande Paineira Rosa parte do subsolo (onde estão locados auditório, espaços de exposições e outras atividades de cunho cultural) e articula a transição entre a Estação de Transferência e o Hotel.As intervenções realizadas no edifício histórico consistiram na demolição do último pavimento (dando lugar a um restaurante para uso exclusivo de hóspedes), além da criação de espaço de lazer e piscina. A remodelação da fachada posterior ao Alpendre inseriu contemporaneidade ao edifício pelo uso de pano de vidro com folhas corrediças e brises em madeira. Estes mesmos elementos foram usados em todo o complexo, principalmente nas fachadas oeste, para controle de insolação e circulação de ar. Cobertas verdes trazem amenidade climática aos ambientes e integram as edificações à paisagem.