Este projeto é uma reforma de apartamento localizado em uma das ruas mais altas da zona oeste de São Paulo.
O edifício, uma construção do final dos anos 1970, apresentava muitas qualidades construtivas e espaciais - planta livre, espaços generosos e janelas de grande abertura, mas os revestimentos e a concepção geral da planta pareciam, aos olhos do arquiteto e da proprietária, muito engessados.
1. Vista
A altura da localização do prédio garantiam uma vista panorâmica muito impressionante, que permite ao morador observar áreas distantes como o bairro do Jaguaré e a Cidade Universitária. O projeto de reforma buscou trabalhar esta qualidade do imóvel, abrindo, sempre que possível, paredes e interligando os ambientes.
2. Áreas de serviço
Os apartamentos construídos pelo mercado imobiliário em meados dos anos 1970 faziam uma planta tipo que garantia amplas áreas de serviço, e sempre muito bem demarcadas. Essas áreas, no apartamento compostas por um pequeno quarto de empregada, um banheiro, área de serviço e ampla cozinha ocupavam, no total, quase 1/4 da área do imóvel. Uma primeira ideia foi transformar as características espaciais dessas áreas, fazendo com que se tornassem menores ou mais conectadas ao espaço social do apartamento.
3. Materialidade
Foram utilizados materiais muito simples, de baixo custo unitário. Esta decisão, tomada junto com a cliente, fez com que reduzíssemos muito o custo final da obra sem, no entanto, termos baixa qualidade no projeto ou na execução.
4. Dinâmica
A nova planta une a cozinha com a sala, transforma o quarto de empregada em um escritório e remove portas e paredes desnecessárias. As portas existentes consideradas indispensáveis foram substituídas por portas metálicas com folha de vidro temperado - uma solução que garante maior amplitude visual e melhor dinâmica espacial.
Optou-se pela utilização de um mesmo revestimento para o piso dos banheiros, do corredor, da sala, da cozinha, do escritório e da área de serviço. Essa decisão fez com que o apartamento ficasse mais dinâmico, considerando que não existem divisões entre essas áreas que, aqui, aparentam estar mais conectadas.