Pode não parecer, mas esse projeto se iniciou com a demolição de uma casa que existia ali. Essa informação é importante, para entender as escolhas de projeto explicadas mais adiante.
A ideia dos clientes, aposentados, era construírem um espaço no qual pudessem morar e gerar alguma renda para complementar a aposentadoria. Nesse caso, tínhamos 3 eixos guia para o projeto:
Máximo aproveitamento da área do terreno, integração com meio externo (mesmo no duplex que estava no terceiro andar) e sustentabilidade.
Portanto, dentro do terreno urbano foi construído o máximo de área permitida pelos órgãos municipais, divididos em áreas comerciais e residenciais. O terreno original estava 2m abaixo do nível da rua e possuía uma construção mista, em madeira e alvenaria. Foi necessária a demolição da parte de madeira, já a parte de alvenaria foi incorporada ao novo projeto.
Como o terreno tinha um desnível muito grande, a acessibilidade foi garantida através de rampas de acesso.
A integração com o meio externo foi possível através da criação do máximo de terraços possíveis. Terraço de serviço, de contemplação e de uso. Assim, temos quase 200 m² de terraços, que permitem iluminação e ventilação natural além de permitires as atividades extras, como artesanato e yoga, hobbies dos moradores.
A sustentabilidade está presente nas decisões principalmente de materiais. Utilizamos o AÇO GALVANIZADO como elemento estrutural, temos o reaproveitamento de uma construção de 70 m² que existia no terreno e o aproveitamento integral da madeira da qual era constituída uma casa antiga que precisou ser demolida.
Os materiais utilizados nos fechamentos das paredes externas são os mais variados: bloco cerâmico, telha metálica, madeira e bloco de concreto para jardim vertical.
A linguagem que os clientes buscavam era algo mais alternativo, com os materiais aparentes. Por isso os eixos estruturais foram deixados à mostra e a textura dos materiais das paredes recebeu destaque.